De X-Men 2 a Jack - O Caçador de Gigantes, muita coisa mudou na carreira do diretor Bryan Singer. De jovem promessa norte-americana, o diretor acumulou verdadeiros fiascos recentes, como a incompreendida homenagem Superman - O Retorno (um dos maiores prejuízos financeiros da Warner) e o pálido drama Operação Valquíria, com Tom Cruise. O brilho do Singer que recobrou o interesse dos estúdios pelas adaptações em HQ com X-Men, de 2000, e que nos inquietou com Os Suspeitos, filme de 1996, deu lugar a um diretor burocrático ofuscado pelo seu próprio ego. Jack - O Caçador de Gigantes é o sinal de mudança que precisávamos antes dele assumir novamente a franquia dos mutantes da Marvel (ele voltará ao comando da série na continuação de X-Men - Primeira Classe, prevista para estrear em 2014). O diretor enfrentou o mesmo problema no caixa que sofreu nos trabalhos anteriores, no entanto, esta aventura despretensiosa e bem ritmada já é um indicativo de que a carreira de Singer está de volta aos trilhos. Filmes como este são cada vez mais raros e, apesar de seguir o filão das adaptações dos contos de fadas (sim, é a versão live action e turbinada de João e o pé de feijão) é uma deliciosa releitura que deve ser prestigiada.
Jack, The Giant Slayer, 2013. Dir.: Bryan Singer. Roteiro: Chritopher McQuarrie, Darren Lemke e Dan Studney. Elenco: Nicholas Hoult, Eleanor Tomlinson, Ewan McGregor, Stanley Tucci, Ian McShane, Eddie Marsan, Ewen Bremner, Christopher Fairbank. 114 min. Warner.
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